Após a sua independência de Portugal, o governo de Moçambique estabeleceu um sistema de assistência médica primária, que foi citado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um modelo para outros países em desenvolvimento. Mais de 90% da população havia sido vacinada. Durante o período do início dos anos 1980, cerca de 11% do orçamento do governo era voltado para gastos com saúde. No entanto, a guerra civil moçambicana levou o sistema de saúde primária a um grande retrocesso. Entre os alvos dos ataques da RENAMO às infra estruturas do governo estavam instalações médicas e educacionais.
Em Moçambique, o número de parteiras por 1.000 nascidos vivos é de 3 e o risco de morte para mulheres grávidas é de 1 em 37. A taxa oficial de prevalência da epidemia de HIV na
população moçambicana em 2011 foi de 11,5% na faixa etária entre 15 e 49
anos (uma referência comum para as estatísticas de HIV). A
taxa de fecundidade moçambicana é de cerca de 5 nascimentos por mulher.
Em um país onde existe um médico para cada 35
mil pessoas, mas um curandeiro para cada 80, boa parte da população passa a vida toda sem nunca entrar num hospital. Por isso mesmo, o Ministério da Saúde trabalha em parceria com os curandeiros, que
percorrem feiras ensinando cuidados básicos e informando a população sobre o vírus HIV.
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